A morte do homem mais procurado do mundo























Por Thaís Fernandes - 3º período de Jornalismo
 
Em uma conversa com o professor do Curso de Comunicação Social da UEMG, Campus de Frutal, Wagner Cesar Redua, diversas possibilidades e fatos que cercam a declaração feita pelos EUA sobre a morte de Osama Bin Laden foram debatidos.

“O mundo é como um tabuleiro de xadrez. Quem é que está controlando e até que ponto vai esse controle?”, é o questionamento feito pelo professor que ministra as aulas de História das Doutrinas Políticas e Econômicas no Brasil.

Criador e Criatura

Osama Bin Laden utilizou durante muito tempo sua fortuna para financiar a Jihad (guerra santa) contra os soviéticos, com o apoio dos EUA. Viveu sob os mesmos ideais enquanto ambos os interesses estavam ligados. Recebeu inclusive treinamentos da CIA.

Mas as coisas mudaram, os EUA abandonaram a luta do radicalista. E tempos depois a Jihad e o próprio Osama, agora líder do grupo terrorista al-Qaeda, se voltariam contra os norte-americanos.

Essa reviravolta teve um de seus efeitos no atentado ao World Trade Center em setembro de 2001. Aqui se iniciou oficialmente a chamada “Guerra ao Terror”, comandada pelos EUA e, cujo maior alvo era Osama Bin Laden.

Os dois lados escolheram os motivos para que grupos extremistas de ambos os lados adotassem essa guerra como sendo deles. A religiosidade e a justiça. E anos após o “11 de setembro”, essa mesma batalha continua. Agora com um novo fato: morre o terrorista mais procurado do mundo, Osama Bin Laden.

A morte

No dia 2 de maio de 2011 o mundo anunciava a morte de Osama Bin Laden. Mas essa não é uma morte comum, um fim. A partir daqui continuam traçando-se importantes decisões de contexto mundial.

Informação confirmada através de um comunicado feito pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama. A operação teria sido realizada de forma independente.

Mas anunciar que mataram o terrorista mais procurado dos últimos tempos é sem dúvida um grande risco para o presidente, e toda a nação dos EUA.
Os fundamentalistas do Talibã já confirmaram a morte do ex-líder da al-Qaeda e anunciaram que irão revidar.

O diretor da CIA, agência secreta que realizou a missão, declarou ainda que todos devem estar vigilantes. "Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse Leon Panetta.

Segundo o governo dos EUA o corpo foi sepultado no mar. Esse fato teria se dado seguindo a tradição islâmica. Dessa forma se manteria o respeito às tradições islâmicas e um risco de peregrinação ao local de sepultamento seria evitado. Após a morte, o terrorista poderia se tornar um ídolo e despertar a “devoção” de mais pessoas.
Além disso, nenhum país teria aceitado que o corpo de Bin Laden fosse enterrado em seu território.

As dúvidas

“Ele era um mito e ainda continua um mito. Para muitos ele não morreu”, comenta o Wagner acerca das questões que mais geram dúvida, em torno da morte do terrorista mais procurado do mundo.

As contradições marcam a operação realizada por agentes norte-americanos no Paquistão. Declarações sobre Osama estar armado no momento do ataque, foram feitas e desmentidas um dia depois. Até agora nenhuma foto do corpo do terrorista foi oficialmente publicada por parte do governo dos EUA.

A reação da nação estado-unidense em comparação ao mundo foi ímpar. Comemorações e declarações abertas, em quanto a aliada na “guerra ao terror”, Europa,
Fazia declarações neutras. “Uma reação quase cética, de não acreditar”, conforme comentou o Professor de História e Doutrina da Política no Brasil, Wagner.

Há também algo de muito marcante na data em que Osama Bin Laden foi encontrado e morto. Um ano antes da eleição à presidência nos EUA, Barak Obama já lançou sua candidatura à reeleição. Desde que anunciou a morte de Osama Bin Laden, sua popularidade no país subiu e está com aprovação de 57 por cento dos norte-americanos, segundo dados do site www.publico.pt.

Além disso, cerca de dez anos se passaram desde o atentado às Torres Gêmeas. Momento de inevitável reafirmação da soberania dos estado-unidenses, ao menos por parte dos próprios patriotas. Jovens de diversas localidades do país comemoraram a morte de Bin Laden, em manifestações que chamaram a atenção do mundo.

Por fim, houve uma declaração do secretário-geral da Otan, Anders Rogh Rasmussen. Nela ele afirma que “a atuação da Aliança Militar no Afeganistão prosseguirá, mesmo após a morte de Bin Laden.”

Todos os lados anunciaram, as guerras prosseguirão.

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Fontes:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/obama-confirma-morte-de-osama-bin-laden.html

http://www.publico.pt/Mundo/morte-de-bin-laden-faz-popularidade-de-obama-subir_1492709

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